Desde escapadinhas de verão extravagantes até residências opulentas na cidade, estes palácios em Lisboa fazem lembrar os tempos antigos
Durante quase 800 anos, Portugal foi uma monarquia e Lisboa foi a casa dos seus reis e rainhas. Sendo tempos excêntricos, um simples palácio não constituía uma ostentação de riqueza e importância apropriada, e por isso as famílias governantes construíram residências impressionantes que superaram os limites da arquitetura portuguesa. Desde o imperial Palácio Nacional da Pena no topo da serra de Sintra e o palácio presidencial de Belém até à última residência real, o Palácio Nacional da Ajuda, a acidentada capital portuguesa está cheia de edifícios belíssimos – muitos dos quais estão abertos ao público. Da próxima vez que viajar até Lisboa, siga os passos da realeza e faça uma visita aos palácios mais bonitos da cidade.
O Palácio Nacional da Pena é um conto de fadas. Empoleirado no cimo da serra de Sintra, nos arredores de Lisboa, este palácio é tanto exuberante como magnífico. Torreões com cores vivas emergem da verde floresta, e a arquitetura apresenta uma mistura cativante de estilos, incluindo neogótico, neo-renascença, neo-islâmico e neo-manuelino. O palácio era usado como residência de verão da família real portuguesa, e é tão extraordinário que se acredita ter servido de inspiração para o icónico castelo da Disneyland de Walt Disney. Os visitantes são bem-vindos a explorar o palácio e os locais circundantes, onde irão descobrir a história e herança cativantes da região.
O Palácio Nacional de Sintra, próximo do Palácio da Pena, é um dos palácios mais antigos em Portugal. Ergue-se orgulhosamente no centro de Sintra e é imediatamente reconhecível pelas suas gigantes chaminés em forma de cone. O icónico edifício medieval foi construído no século XIX como residência palacial para os governantes mouros, e durante o período monárquico em Portugal, tornou-se a residência real do rei D.João I. Atualmente, os visitantes podem explorar as belíssimas salas do palácio, como, por exemplo, a Sala dos Brasões, um espaço famoso pelos seus extraordinários painéis de azulejos que representam cenas históricas da vida imperial.
Situado entre Sintra e o centro de Lisboa, o Palácio Nacional de Queluz é um dos palácios mais românticos de Portugal. Um edifício do século XVIII com fortes influências portuguesas, o palácio era a residência de verão do rei D. Pedro III de Portugal e da Rainha Maria I. É aclamado pela sua arquitetura palacial e jardins paisagísticos, os quais ilustram a evolução dos gostos da corte, com notas de estilo Barroco, Rococó e Neoclássico. Os visitantes podem explorar a propriedade e ter uma ideia de como um nobre vivia no século XVIII.
Após a família real se mudar para o Palácio Nacional da Ajuda em meados do século XIX, nunca mais de lá saiu. À primeira vista, não há dúvidas da razão pela qual este palácio em particular causou tanto fascínio imperial. Construído após um terramoto ter destruído a residência oficial anterior, o Palácio da Ribeira, o Palácio Nacional da Ajuda é um dos edifícios mais bonitos da cidade. Um exterior neoclássico envolve interiores barrocos luxuosos e salas emblemáticas, as quais os visitantes podem explorar durante uma visita guiada. Tirando pleno partido deste marcante edifício, o palácio é agora um museu que apresenta importantes coleções de artes decorativas que datam do século XV.
A pouca distância fica o Palácio de Belém, a antiga residência de reis como D. João V e D. José I. A impressionante fachada cor-de-rosa do edifício chama a atenção de todos os que por ali passam, e os seus jardins bem cuidados e interiores opulentos contribuem para a sua grandeza. O palácio é usado como a residência oficial do Presidente da República desde que a monarquia foi abolida em 1919. Dado que é uma residência em funcionamento, o horário de abertura é limitado, mas os visitantes podem fazer uma reserva aos sábados, ou visitar o Museu da Presidência da República, que está aberta todos os dias, exceto às segundas-feiras.